Nem sei se é época delas, mas vi uns pezinhos na estrada e lembrei da Nicole e da geléia que o Miguel, pai dela, faz em Divinópolis. O Miguel é um doceiro nato e é tão bonito ver um homem das panelas e da casa, justo no meio do matriarcado mineiro que não é, digamos, um sossego para iniciativas alheias a elas.
Como eu não tenho a receita da geleia de jaboticada do Miguel (Helloooo Nicole!!), posto o pudim de jaboticadas do livro da vovó de Lourdes. Que deve ficar uma delícia, não me lembro de ter comido, mas como é tudo exageradamente saudável, aposto que deve ser bom.
- 500 gramas de açúcar refinado
- 3 ou 4 xicaras de caldo de jaboticada
- 9 ovos
Bater as claras bastante primeiro. depois juntar as gemas, o açúcar e o caldo. Assar em banho maria.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
pão de queijo mesmo
essa vai pra você, amigo, que sofre depois que sai de minas gerais, onde em qualquer biboca se come um pão de queijo verdadeiro. ok, para você também que talvez nunca tenha provado a iguaria (e nem saiba disso) pois pão de queijo não é um bolinho com queijo ralado em cima, nem comporta recheios extravagantes, pois sua essência é a suavidade. Aqui vai um alento para quem, num sábado à noite, não sabe onde colocar as mãos facebuqueiras. Entregue-se, sem titubear, à massa, esfregar um polvilho e massagear uma massa, de início, preguenta a compacta e palpitante é tarefa das mais gratificantes. Por último, mas o mais importante, sem amor a gente não chega na esquina.
pão de queijo (cecília) - rende 35 pãezinhos
2 xícaras de polvilho azedo
2 xícaras de queijo
1 xícara de leite
1/2 xícara de óleo
1 colher (chá) de sal
2 ovos
Modo de fazer:
Ferver o leite, óleo e sal
Escaldar o polvilho já peneirado e esfregado com 2 colheres (sopa) de leite (esfregar mesmo, pra ele ficar fininho)
Colocar os ovos inteiros e amassar gostoso
Por ultimo o queijo ralado
Enrolar com as mãos untadas os pãezinhos de queijo do tamanho de nozes pois crescem bastante
São 20 minutos de forno, 10 min forno alto e 10 médio
pão de queijo (cecília) - rende 35 pãezinhos
2 xícaras de polvilho azedo
2 xícaras de queijo
1 xícara de leite
1/2 xícara de óleo
1 colher (chá) de sal
2 ovos
Modo de fazer:
Ferver o leite, óleo e sal
Escaldar o polvilho já peneirado e esfregado com 2 colheres (sopa) de leite (esfregar mesmo, pra ele ficar fininho)
Colocar os ovos inteiros e amassar gostoso
Por ultimo o queijo ralado
Enrolar com as mãos untadas os pãezinhos de queijo do tamanho de nozes pois crescem bastante
São 20 minutos de forno, 10 min forno alto e 10 médio
sábado, 9 de junho de 2012
1a incursão culinária: cozinhar com a alma, impregnando de amor os alimentos, adquire status de alquimia, de feitiçaria.
Os sabores amaciam velhas rixas, as durezas do corpo e até das rusgas se desfaz, alisadas pelo paladar. As máscaras caem, endurecidos, ganham expressão, cor, sorrisos, simpatia. Ganham humanidade.
(O cinema vai à mesa - Histórias e receitas) porque três são os grandes prazeres da vida: comida, sexo, e é claro o cinema. E não necesssariamente nesta ordem. Mas só o cinema pode conter os outros dois.
Os sabores amaciam velhas rixas, as durezas do corpo e até das rusgas se desfaz, alisadas pelo paladar. As máscaras caem, endurecidos, ganham expressão, cor, sorrisos, simpatia. Ganham humanidade.
(O cinema vai à mesa - Histórias e receitas) porque três são os grandes prazeres da vida: comida, sexo, e é claro o cinema. E não necesssariamente nesta ordem. Mas só o cinema pode conter os outros dois.
Cenourinhas
Pense num gosto de infância. Pense numas bolinhas enroladas milimetricamente. Alaranjadas. Alaranjadas com açúcar. Era o meu preferido. Era o que eu mais queria em todos os aniversários. De gente pequena ou grande. E a Ziza fazia. Nunca mais comi. Mas até acho que vou fazer. Amanhã. Pra comer na segunda.
Cenourinhas
1kg de cenoura crua ralada
1 lata de leite condensado
02 vezes a mesma medida de açúcar
Misture todos os ingredientes e leve-os ao fogo. Mexende sempre até desprender da panela. Deixe esfriar e enrole no formato de cenourinhas, passando a seguir pelo açúcar refinado. Decore com galinhos verdes. Este doce deve ser feito de vespera.
Cenourinhas
1kg de cenoura crua ralada
1 lata de leite condensado
02 vezes a mesma medida de açúcar
Misture todos os ingredientes e leve-os ao fogo. Mexende sempre até desprender da panela. Deixe esfriar e enrole no formato de cenourinhas, passando a seguir pelo açúcar refinado. Decore com galinhos verdes. Este doce deve ser feito de vespera.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Biscoito de polvilho frito (bom)
1 pires de fubá, faz o angu com leite na panela. Junta 1 pires e meio de polvilho coado, 3 ovos, 1 colher de gordura, coalhada e sal a gosto. Frita-se. Bom para comer às 5 da tarde, na companhia dos netos. Essa é uma das muitas receitas de biscoito de polvilho de Dona Lourdes, ninguém sabe a verdadeira. Talvez tenha ido com ela. Enquanto isso tentamos imitar o biscoito quente, crocante e aconchegante que ela servia na mesa da cozinha, ainda envolta do cheiro do fubá com polvilho fritos e um café ralo, mas quente, ao gosto mineiro.
1 pires de fubá, faz o angu com leite na panela. Junta 1 pires e meio de polvilho coado, 3 ovos, 1 colher de gordura, coalhada e sal a gosto. Frita-se. Bom para comer às 5 da tarde, na companhia dos netos. Essa é uma das muitas receitas de biscoito de polvilho de Dona Lourdes, ninguém sabe a verdadeira. Talvez tenha ido com ela. Enquanto isso tentamos imitar o biscoito quente, crocante e aconchegante que ela servia na mesa da cozinha, ainda envolta do cheiro do fubá com polvilho fritos e um café ralo, mas quente, ao gosto mineiro.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
O primeiro arcabouço sociológico do doce, “Açúcar”, de Gilberto Freyre (1939) dá conta de uma predisposição brasileira para estimar o abuso do doce e condiciona a postura às terras quentes e à sensualidade. Padre Antônio Vieira, em suas primeiras impressões sobre o país, diz que “O Brasil é o açúcar”. E vai além: “É tão bom que só sendo pecado”,
A arte das receitas, algumas segredos de família, resiste ao tempo, repetindo-se ou recriando-se, afirmando-se pela repetição ou recriação. O que comemos reflete não apenas quem somos mas o que poderíamos vir a ser, cita Carmem Rial, em “Brasil: Primeiros Escritos Sobre Comida e Identidade” (UFSC-2000)
“No meio dos graves problemas sociais cuja solução buscam os espíritos investigadores no nosso século, a publicação de um manual de confeitaria só pode parecer vulgar a espíritos vulgares; na realidade, é um fenômeno eminentemente significativo. Digamos todo o nosso pensamento: é uma restauração, é a restauração do nosso princípio social.”
Machado de Assis, Crônicas, vol.IV,p.10 – citado em Gilberto Freyre, Açúcar
Assinar:
Comentários (Atom)
